Desejo ainda mais e mais beijos, espasmos
de corpos atados, ainda mais levemente marchemos
através do bosque, sonhando
que tudo é de outra maneira
mais matizes no tilintar das imagens que criamos
- de madrugada tive sonhos turvos, sobre a força
a potência, a renúncia da vida
me levantei, me aproximei mareado de facas
olhei-as demoradamente, vazio, espremido
depois me sentei, pensava no irreal
quis me afundar ainda mais
e mais na eterna delícia da entrega, na pele
no mirar cálido dos olhos, na carícia
rompi uma larga lista de meios
para o assalto, para a luta, para a defensa
vertia água e bebia, lentamente
largamente, como desde aqui até lá.
Brane Mozetič, Lituânia
Tradução: Narlan Matos
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