Muito tarde da noite quando tu não sabes, eu
deslizo-me ao quarto, aproximo-me em silêncio
e observo o teu rosto à luz da vela,
como um feiticeiro coloco as minhas mãos em cima de ti
quando não sabes, não sentes, não podes
me rechaçar, deito-me, junto a ti,
suavemente para não te acordar
nesses momentos eu penso, ditoso,
que ainda não há perguntas, nem dúvidas
que como um rio serpenteamos através do tempo
enlaçados, que nas profundezas
ainda há peixes, e nas poças
umas mãos, uma boca bebem com paixão
lentamente, seriamente, como um ritual.
Brane Mozetič, Lituânia
Tradução: Jasmina Markič
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